Equipa: Fernanda Vilar

Fernanda Vilar

Investigadora
 
Fernanda Vilar foi investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra e é consultura da UNESCO, Paris. Seus centros de interesse são os estudos culturais e pós-coloniais da pós-memória, assim como os estudos subalternos e periféricos. Prepara atualmente um livro sobre a arte feita nas periferias de três capitais europeias. Tem interesse particular pela poesia Slam. Doutora em Literaturas Africanas Comparadas pela Universidade de Paris Nanterre (2015), foi selecionada no mesmo ano pelo prémio das Nações Unidas de Impacto Acadêmico (UNAI). Trabalhou na Comissão Europeia em comunicação externa (2016). Fez seu mestrado com bolsa de excelência na École Normale Supérieure de Lyon, onde foi professora de português língua estrangeira e de literatura em língua portuguesa (2010-2012). Lecionou língua portuguesa na Universidade de Marne la Valée (2012-2013).


fernanda.vilars@gmail.com      ACADEMIA.EDU
2022

SLAMIZANDO NAS PERIFERIAS. A PÓS-MEMÓRIA COLONIAL EM PARIS, LISBOA E BRUXELAS

As expressões artísticas das periferias são parte importante do cenário cultural das grandes capitais europeias, sendo o hip-hop um dos movimentos fundamentais que daí emergiram. A competição de poesia slam faz parte desse panorama e oferece aos artistas a possibilidade de «subir ao palco» e de se expressarem. Neste livro, estudo a poesia slam que aborda a transmissão da memória da colonização através da poesia, possibilitando a compreensão e definição de uma identidade múltipla e fluida de sujeitos herdeiros de um passado colonial francês, belga e português. A análise dos poemas escolhidos permite compreender que não há excepcionalismos coloniais e que os traumas e as feridas que existem até hoje possuem uma causa comum, a condição de colonizado, que se perpetua até aos nossos dias nas relações societais pós-coloniais. Cada poema é uma expressão da urgência de descolonizar para melhor vivermos as nossas diferenças num mundo cada vez mais cosmopolita.

Imagem da capa: Dominique Barbot, Traços no calçadão, 2022 (cortesia da artista)
 

Outras Publicações

 

2020 - ?The Ghosts of Ngungunyane: Constructing an ambivalent hero?. in Kristian Van Haesendonck (org.),  Wor(l)ds of Mia Couto. Peter Lang, p. 143-164. 

 

2020 - "Slam: periferia, pós-memória e identidade", Confluenze, Rivista di Studi Iberoamericani, V. 12, N. 2,  p. 135-152.

 

2019 - "As palavras fantasmas de Amílcar Cabral?, in Philip Rothwell e Margarida Calafate Ribeiro (org), Heranças Pós-Coloniais nas literaturas em língua portuguesa, Porto: Afrontamento, p. 273-290.

 

2019 - "Migrações e periferias: o levante do slam", Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 58,  e588, p. 1-13.

 

2019 - ?Facing ghosts: Lumumba?s shadows? in Tony Chafer and Natalya Vince(org), The Routledge Handbook of Francophone Africa. 

 

2018 - ?A África no cânone na literatura lusófona pós-colonial?, Revista Digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, v. 11, n. 1: 55-64. 

 

2017 - "A linguagem tropical de Sony Labou Tansi", Revista Non Plus, 6(12): p. 201-215. 

 

2017 ? "A escrita da violência em Mia Couto, Sony Labou Tansi e J. M. Coetzee", e-cadernos, n. 26, 92-111.