As expressões artísticas das periferias são parte importante do cenário cultural das grandes capitais europeias, sendo o hip-hop um dos movimentos fundamentais que daí emergiram. A competição de poesia slam faz parte desse panorama e oferece aos artistas a possibilidade de «subir ao palco» e de se expressarem. Neste livro, estudo a poesia slam que aborda a transmissão da memória da colonização através da poesia, possibilitando a compreensão e definição de uma identidade múltipla e fluida de sujeitos herdeiros de um passado colonial francês, belga e português. A análise dos poemas escolhidos permite compreender que não há excepcionalismos coloniais e que os traumas e as feridas que existem até hoje possuem uma causa comum, a condição de colonizado, que se perpetua até aos nossos dias nas relações societais pós-coloniais. Cada poema é uma expressão da urgência de descolonizar para melhor vivermos as nossas diferenças num mundo cada vez mais cosmopolita.
Imagem da capa: Dominique Barbot, Traços no calçadão, 2022 (cortesia da artista)
2020 - ?The Ghosts of Ngungunyane: Constructing an ambivalent hero?. in Kristian Van Haesendonck (org.), Wor(l)ds of Mia Couto. Peter Lang, p. 143-164.
2020 - "Slam: periferia, pós-memória e identidade", Confluenze, Rivista di Studi Iberoamericani, V. 12, N. 2, p. 135-152.
2019 - "As palavras fantasmas de Amílcar Cabral?, in Philip Rothwell e Margarida Calafate Ribeiro (org), Heranças Pós-Coloniais nas literaturas em língua portuguesa, Porto: Afrontamento, p. 273-290.
2019 - "Migrações e periferias: o levante do slam", Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n. 58, e588, p. 1-13.
2019 - ?Facing ghosts: Lumumba?s shadows? in Tony Chafer and Natalya Vince(org), The Routledge Handbook of Francophone Africa.
2018 - ?A África no cânone na literatura lusófona pós-colonial?, Revista Digital do Programa de Pós-Graduação em Letras da PUCRS, v. 11, n. 1: 55-64.
2017 - "A linguagem tropical de Sony Labou Tansi", Revista Non Plus, 6(12): p. 201-215.
2017 ? "A escrita da violência em Mia Couto, Sony Labou Tansi e J. M. Coetzee", e-cadernos, n. 26, 92-111.